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Homens: quanto vale a nossa saúde?

23 Novembro 2021

Em novembro comemora-se o mês do “Novembro Azul”. Tal data é alusiva ao dia 17 de novembro, que trata do dia mundial do combate ao Câncer de Próstata, cujo objetivo é chamar a atenção da população (homens, principalmente) para a prevenção e diagnóstico precoce de doenças que atingem a população masculina. Cabe lembrar que o Câncer de Próstata é a segunda maior causa de mortes por câncer de homens no Brasil.

Lembro-me de quando trabalhava numa Unidade Básica de Saúde (UBS) e me deparava com a seguinte reflexão: Onde estão os homens nos atendimentos à saúde nas unidades de saúde da prefeitura?

Eu era jovem, tinha completado vinte anos, recém-iniciado no cargo e sem nenhuma experiência de trabalho anterior, sendo assim, cada dia era um novo aprendizado, em um ambiente ao qual não estava acostumado. Na UBS havia diversos profissionais de saúde, entre especialidades médicas e outras áreas de saúde e, o que todas as áreas tinham em comum era, quase que exclusivamente, atendimento a mulheres, das mais diferentes idades, inclusive crianças.

Naquela época – e até hoje – há na percepção de muitos homens que cuidar da saúde seja “uma frescura”, ou algo de menor importância. Um dado que corrobora com esta afirmação é de que cerca de um terço dos homens que responderam uma pesquisa, intitulada “Um novo olhar para a saúde do homem”, mencionaram ir ao médico apenas uma vez ao ano. Quase 40% dos entrevistados relataram que vão ao médico apenas quando se sentem mal – o que dificulta muito a prevenção de doenças. Boa parte do público masculino nem sequer sabe como anda o funcionamento do seu coração! Outro ponto importante é o alto índice apresentado na pesquisa de homens com sintomas de ansiedade (63%) e depressão (23%) que buscam apoio e acolhimento em saúde mental, mas que ainda é permeado de preconceitos e estigmas, o que dificulta o acesso e o atendimento adequados a esta parcela da população.

Podemos considerar aqui que nós, homens, aprendemos a lidar com a saúde desta maneira e transmitimos esse padrão de geração em geração.

Nossa sociedade machista nos ensina, desde a infância, que homem não pode demonstrar nenhum tipo de fragilidade, tal como a necessidade de cuidados com a saúde. Também, outras crenças, valores e atitudes sobre o “jeito homem de ser” geram situações autodestrutivas e impeditivas de manifestações de cuidado. Há uma grande barreira cultural que separa o que é cuidado para nós, homens, e o que é cuidado para uma mulher, pois as mulheres, normalmente, apresentam muito mais interesse e responsabilidade quanto a sua saúde. Ainda há o estigma de que somos os provedores da família e, descobrir alguma doença ou estar doente, impacta na motivação de buscar atendimento para si. Existe o medo de que, ao descobrir algo, isso venha a atrapalhar o trabalho ou mesmo projetos familiares.

Por outro lado, os serviços de saúde muitas vezes não contribuem para a mudança deste comportamento: horários de atendimento coincidindo com turnos de trabalho, falta de campanhas para a conscientização masculina, entre outros.

Na cartilha “Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem” são sugeridas algumas iniciativas que podem ser adotadas por todos e que incentivam a mudança do comportamento masculino:

  • Repassar aos homens que a ideia de cuidado é elemento característico do ser humano, não de um gênero;
  • Informar aos usuários sobre ações de controle social;
  • Educar as crianças sobre a importância do cuidado e estimulá-las, ao longo da vida, para que não seja mantido como atribuição apenas das mulheres;
  • Investir em ações de inclusão dos homens em lugares típicos de socialização masculina: atividades de vacinação na indústria, palestras em campos de futebol e obras da construção civil, ou, ainda, distribuir preservativos e orientações sobre prevenção às doenças sexualmente transmissíveis (DST) em bares;
  • Motivar homens a adotar práticas de cuidado e hábitos de vida saudáveis e desconstruir padrões e estereótipos de gênero.

Portanto, depois destas informações, é importante reafirmar: Homens: quanto vale a nossa saúde?

 

Rafael Garcia Morcillo Junior

Consultor em Gestão Financeira e Psicólogo

CRP. 06/95257

 

Sugestões de links para pesquisa:

 

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